"Parece inacreditável, e é contudo doloroso, que haja padres aos quais se deve fazer esta recomendação, mas nos nossos dias nós estamos infelizmente nesta dura e triste condição de dever dizer a padres: Amai o Papa!
E como se deve amar o Papa? Não por palavras somente, mas por atos e com sinceridade. "Non verbo neque lingua, sed opere et veritate" (1 Jn 3,18) Quando amamos a alguém, procuramos nos conformar em tudo a seus pensamentos, a executar suas vontades e a interpretar seus desejos. E se Nosso Senhor Jesus Cristo dizia de si mesmo:" Si quis diligit me, sermonem meum servabit " (" se alguém me ama, guardará minha palavra " Jn 14, 23), assim para mostrar nosso amor ao Papa, é necessário obedecer.
É por isso que, quando se ama ao Papa, não se fica a discutir sobre o que ele manda ou exige, a procurar até onde vai o dever rigoroso da obediência, e a marcar o limite desta obrigação.Quando se ama o Papa, não se objeta que ele não falou muito claramente, como se ele estivesse obrigado a repetir diretamente no ouvido de cada um sua vontade e de exprimi-la não somente de viva voz, mas cada vez por cartas e outros documentos públicos.
Não se põem em dúvida suas ordens, sob fácil pretexto, para quem não quer obedecer, de que elas não dimanam diretamente dele, mas dos que o rodeiam! Não se limita o campo onde ele pode e deve exercer sua autoridade; não se opõe à autoridade do Papa a de outras pessoas, por muito doutas que elas sejam, que diferem da opinião com o Papa. Por outro parte, seja qual for sua ciência, falta-lhes santidade, pois não poderia haver santidade onde há dissentimento com o Papa".
É o desabafo de um coração dolorido... para deplorar a conduta de tantos padres que, não somente se permitem discutir e criticar as vontades do Papa, mas que não têm a receio de chegar a atos de desobediência imprudente e atrevida, ao grande escândalo dos bons e para a ruína das almas.
X, São Pio. Apostolado Veritatis Splendor: Como amar o Papa. Disponível em http://www.veritatis.com.br/article/804. Desde 17/2/2003.
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