Direito à vida deve ser reconhecido por toda sociedade, diz Bento XVI

Papa dirigiu-se a congresso da Pontifícia Academia para a Vida realizado no Brasil

INDAIATUBA, terça-feira, 25 de novembro de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI manifestou sua esperança em que o direito à vida seja reconhecido em todos os segmentos da sociedade.

O Papa expressou seu anseio por meio de uma mensagem enviada ao congresso internacional «Pessoa, cultura da vida e cultura da morte», que se realiza de hoje a sexta-feira em Itaici
(Indaiatuba, São Paulo). O evento é organizado pela Pontifícia Academia para a Vida, em parceria com a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Ao manifestar «o seu apreço e seus melhores votos pelo êxito desta importante iniciativa», o Papa reitera «o valor incomparável e sagrado de cada vida humana, desde o seu início até o seu termo natural».

No texto, assinado pelo cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado, Bento XVI conclama todos os congressistas «a fazerem-se porta-vozes do Evangelho da Vida».

«E renova a esperança por que o direito à vida seja reconhecido em todos os segmentos da sociedade, especialmente pela própria comunidade política.»

O Papa encoraja ainda os participantes do congresso a promoverem «com entusiasmo e sincero ardor a cultura da vida».

O presidente emérito da Pontifícia Academia para a Vida, Dom Elio Sgreccia, que abriu o evento, revelou a Zenit sua esperança em que a voz da Igreja no campo da bioética suscite um renovado interesse no contexto atual.

«Quando faltam algumas certezas, como a consciência de ser criados por Deus, como a confiança de que Deus nos ama, o mundo cai em desespero», afirmou.

«As grandes guerras, os grandes desastres, os grandes conflitos, as matanças imensas que foram impetradas ao final da segunda parte do século passado coincidiram com a negação de Deus.»

«Recuperando os fundamentos da vida ética do homem e a verdade dele próprio, se põe o homem em uma esperança nova e, nós esperamos também, em uma nova fase de civilização», destacou.

O núncio apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri, ao tomar a palavra na abertura do congresso, destacou que eventos como este colaboram para que a «ciência, a razão e a fé se conjuguem harmonicamente, para fornecer os instrumentos necessários para a grandeza do homem».

O presidente da CNBB, Dom Geraldo Lyrio Rocha, explicou que este é o primeiro Congresso desta natureza, organizado sob os auspícios de uma Conferência Episcopal e da Pontifícia Academia para a Vida.

«Sua finalidade é buscar estabelecer uma relação mais estreita entre esse importante organismo da Santa Sé, responsável pela reflexão acadêmica sobre as questões da vida, e a missão pastoral dos bispos e das Igrejas locais», afirmou.

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