Palavras do Papa

Bento XVI lembra que cristão amadurecido é aquele que segue a Cristo, não às modas

Ao encontrar-se com os Bispos de Angola e São Tomé na última fase de sua viagem a África, o Papa Bento XVI lembrou que "o cristão de fé adulta e amadurecida não é o que segue as modas e as últimas novidades, mas sim aquele que vive profundamente enraizado na amizade com Cristo".

Da sede da Nunciatura Apostólica de Luanda, Bento XVI afirmou que "contra um relativismo difundido que nada reconhece como definitivo e porém, tende a defender como última medida o próprio eu e os seus caprichos, propomos outra medida: o Filho de Deus, que também é verdadeiro homem. Ele é a medida do verdadeiro humanismo".

O Pontífice precisou que a amizade com Cristo "abre-nos para tudo o que é bom e nos oferece o critério para discernir entre o erro e a verdade".

Do mesmo modo, advertiu que "a cultura e os modelos de comportamento estão cada vez mais condicionados e caracterizados pelas imagens propostas pelos meios de comunicação social". Neste contexto, disse, "são louváveis todos seus esforços por ter, também neste nível, uma capacidade de comunicação que lhes capacite para oferecer a todos uma interpretação cristã dos eventos, dos problemas e das realidades humanas".

Mais uma vez, o Santo Padre destacou as "dificuldades e ameaças" que encontra a família, a qual "tem uma particular necessidade de ser evangelizada e concretamente sustentada, porque além da fragilidade e instabilidade interna de tantas uniões conjugais, existe a tendência difundida na sociedade e na cultura de pôr em dúvida o caráter único e a missão própria da família fundada no matrimônio".

"Em vossa solicitude de pastores por cada ser humano, continuai elevando a voz em defesa do caráter sagrado da vida humana e do valor da instituição matrimonial e pela promoção do papel da família na Igreja e na sociedade, pedindo medidas econômicas e legislativas que as sustentem na geração e na educação dos filhos", indicou.

Bento XVI critica falsificações da religião católica

O Papa Bento XVI criticou na sexta-feira em Varsóvia, diante de 270 mil fiéis molhados pela chuva, as falsificações da religião católica, em plena polêmica provocada pelo sucesso mundial do filme "O Código Da Vinci". "Atualmente, como já aconteceu em séculos passados, pessoas ou grupos tentam falsificar a palavra de Cristo e retirar suas verdades do Evangelho", protestou o Sumo Pontífice. Na primeira grande missa de sua viagem de quatro dias a Polônia, o papa se esforçou para falar em polonês e emocionou os católicos presentes. O Papa alemão iniciou a homilia com uma homenagem ao "bem-amado antecessor" e lembrou que seu pontificado de 26 anos foi marcado por profundas mudanças políticas, tanto na Polônia como no mundo inteiro. Assim como João Paulo II, pediu aos poloneses, 90% católicos, que "continuem fiéis à palavra de Cristo, mesmo quando esta é exigente e humanamente difícil de compreender". Bento XVI insistiu na permanência da fé católica, transmitida ao longo de toda a história "de geração para geração". Também reiterou o pedido, repetido desde o início do pontificado, de "não ceder à tentação do relativismo e da interpretação subjetiva e seletiva das escrituras sagradas". "Segundo estas pessoas, esta verdade é muito incômoda para o homem moderno. Se trata de criar a impressão de que tudo é relativo e que, inclusive, as verdades da fé dependeriam da situação histórica e da avaliação humana", comentou.


Bento XVI pede que freiras e padres sejam "castos e sóbrios"

O papa Bento XVI pediu às freiras e aos padres de todo o mundo que sejam "castos e sóbrios" e evitem "o aburguesamento e a mentalidade consumista". O pedido do Papa foi feito aos superiores e superioras gerais dos institutos de Vida Consagrada e sociedades de Vida Apostólica que foram recebidos no Vaticano para uma audiência especial. "Para pertencer totalmente ao Senhor as pessoas consagradas devem manter um estilo de vida casto" assim como "renunciar à necessidade de aparentar" e manter "um estilo de vida sóbrio e modesto", afirmou o Papa em sua mensagem. Bento XVI denunciou "a cultura secularizada que penetrou na mente e no coração de muitos consagrados, que a entendem como uma forma de acesso à modernidade e de aproximação com o mundo contemporâneo", disse. O Papa teme também que os religiosos estejam afetados "pela insídia da mediocridade, do aburguesamento e da mentalidade consumista". "São necessárias decisões corajosas, tanto pessoais como comuns, que envolvam uma nova disciplina na vida das pessoas consagradas e as levem a descobrir a dimensão totalizante da 'sequela Christi' (seguimento de Cristo)", acrescentou. "Os consagrados e consagradas" não devem "se conformar com a mentalidade deste século, e sim se transformar e renovar continuamente o próprio compromisso, para poder discernir a vontade de Deus", concluiu.

Fontes: ACI Digital e Brasil Católico

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