Igreja de São Paulo, lugar para se encontrar como irmãos

Cardeal Scherer felicitou cidade de São Paulo por seu 455º aniversário

SÃO PAULO, terça-feira, 27 de janeiro de 2009 (ZENIT.org).- O cardeal Odilo Scherer felicitou nesse domingo a cidade de São Paulo pelo seu 455º aniversário e desejou que a Igreja ali presente seja um lar para os católicos.

«A Igreja de São Paulo é a casa onde todos podem se encontrar como irmãos. Aqui nascidos, ou vindos para cá por opção, missão ou necessidade, todos nós queremos viver intensamente nossa fé e fazer de São Paulo uma cidade mais humana, solidária e fraterna», afirmou.

Em mensagem divulgada nesse domingo por sua arquidiocese, o cardeal Scherer recordou que «a história da nossa Igreja nasceu simples e humilde, mas, ao mesmo tempo, muito corajosa».

Segundo o arcebispo, tratava-se de evangelizar o povo do planalto de São Paulo de Piratininga, ao qual os padres Nóbrega e Anchieta chegaram após uma longa e difícil escalada.

«Aqui, onde hoje está o coração de nossa metrópole, nasceu a Igreja em São Paulo, à sombra de uma cruz e com uma celebração eucarística.»

«Em seguida, chegou um colégio para ensinar a cultura humana e os ensinamentos da fé aos índios e aos filhos de portugueses. Esta Igreja cresceu, tornou-se diocese e, há cem anos, virou arquidiocese.»

Dom Odilo considera que esta é uma «história bonita, cujos inícios comemoramos neste dia 25 de janeiro. Hoje, também lembramos a história da cidade de São Paulo, que começou naquele mesmo dia».

«Aquela vilazinha humilde tornou-se a megalópole de hoje, enorme na sua extensão, grande nos problemas e desafios, mas também grande na generosidade e na riqueza humana de seu povo, na variedade religiosa e cultural.»

O arcebispo reconhece que «dói no meu coração de pastor, como deve doer no coração de todo o povo de Deus e de todos os homens de boa vontade, saber que ainda há tantas crianças pelas ruas, sem a ternura de uma família».

«Tantos, se ajeitando em favelas, barracos e cortiços, ou buscando abrigo debaixo de pontes, marquises e baixios de viadutos; que muitos vivem aterrorizados pela violência; tantos, cujo sonho de trabalhar a cada dia que passa é desfeito pelo desemprego; tantos, famintos de pão, de amor, de vida e de Deus...»

Mas Dom Odilo destaca que o alegra, porém, «saber que há bispos, padres e religiosos dedicados, agentes de pastoral apaixonados por Cristo e por seu Evangelho, leigos nas famílias e reunidos em pastorais, movimentos e associações, que testemunham a presença de Deus nesta cidade imensa e o fazem através do anúncio da Boa Nova, do acolhimento e do serviço aos pequenos e pobres».

O arcebispo recordou ainda que nesse 25 de janeiro acontecia a primeira festa tendo o apóstolo Paulo como patrono da arquidiocese.

«Que sua experiência de Jesus aconteça conosco também, que seu zelo apostólico nos sirva de exemplo; que a intercessão de São Paulo nos ajude a prosseguirmos em nossa missão, até ao ponto de exclamarmos com ele: “Ai de mim, se eu não evangelizar!”», disse.

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