Quatro municípios do Seridó lideram o ranking do desenvolvimento familiar no Rio Grande do Norte. São elas Carnaúba dos Dantas e Ipueira, com 0,59; Acari, Jardim do Seridó e São José do Seridó, com 0,58. A informação está contida num levantamento - o Mapa da Pobreza no Brasil – elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento Social Combate à Fome (MDS) divulgado pelo ministro Patrus Ananias. O IDF foi criado com base nos dados do Cadastro Único dos programas sociais do governo federal e levam em conta seis indicadores, entre eles a vulnerabilidade das famílias inscritas no Bolsa Família, as condições de moradia, o acesso à informação e o desenvolvimento infantil.
No caso da renda, outro indicador da pesquisa, avaliam-se os gastos, quanto em dinheiro recebem os familiares e considera qual a parte do sustento não vem dos programas de transferências de renda. Quanto maior a renda e quanto maior a parte que não vem do Bolsa-Família, melhor é a nota.
Assim como o IDH - Índice de Desenvolvimento Humano – criado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância – a escala do IDF vai de zero a um. Quanto mais próximo de um, melhor é o desenvolvimento. Na média, os municípios do Rio Grande do Norte atingiram uma nota intermediária no ranking – 0,53.
Parnamirim tem o melhor IDF da Grande Natal, impulsionado pelas condições de moradia dos mais pobres, pelo acesso das crianças ao ensino básico e também pela disponibilidade de recursos em obras voltadas para a redução da pobreza no município. O índice 0,56 é maior que o de São Paulo, capital do Estado mais rico do Brasil (0,55).
De todos os itens utilizados na formação do IDF, o pior é o acesso ao trabalho, que avalia a oportunidade que as pessoas têm de encontrar alguma forma de trabalho. Considera quanto dos membros da família estão ocupados, se o trabalho é na área rural, no setor formal ou informal, se recebe mais de um salário mínimo por mês.
Em 61 municípios, o IDF relacionado ao acesso ao trabalho é 0. E, se é dominada pelos Estados mais pobres do País, a lista inclui cidades em Minas, Rio, Rio Grande do Sul e Goiás. Em mais de 3 mil municípios, o índice vai até 0,05.
No caso de Carnaúba dos Dantas, esse item é de 0,07, enquanto o de São Paulo é de 0,05. Especialistas em políticas públicas acham que as dificuldades dos familiares de jovens inscritos no Bolsa-Família de encontrar emprego estão relacionadas à baixa qualificação profissional e, em alguns caso, ao temor de perder o benefício.
Na outra ponta do ranking, os de maiores carências, estão Canguaretama, município da faixa litorânea do Rio Grande do Norte, produtor de cana-de-açúcar, com IDF 0,45; Serra de São Bento e Ielmo Marinho 0,46.
Município do Acre é um dos mais pobres do Brasil
São Paulo (AE) - Situado no Acre, na confluência dos rios Tarauacá e Jordão, o município de Jordão, de 6,3 mil habitantes, é um dos mais isolados do País. E também um dos dois mais pobres, segundo os índices do IDF. O lugar é tão remoto que foi ali, nas matas da região, que fotografaram meses atrás um grupo de índios isolados, apontando seus arcos, em atitude guerreira, para o avião que transportava estudiosos Funai, numa imagem que impressionou o mundo.
Uma das cidades mais próximas, Taraucá, dista cinco dias de viagem de barco. Tudo fica tão longe que o preço de um litro de gasolina custa R$ 4,30 - quase o dobro do que se paga na bomba em São Paulo. O botijão de gás chega a R$ 65. A distribuição da população lembra a de um Brasil antigo, quando a maioria das pessoas vivia na roça. O índice de analfabetismo chega a 61%. A internet só pode ser acessada por meio de rádio, em dois pontos da cidade: um no escritório do governo estadual e outro em uma lan house.
Veja o índice nas cidades do Seridó:
1º Carnaúba dos Dantas - 0,59
Ipueira - 0,59
3º Acari - 0,58
Jardim do Seridó - 0,58
5º Currais Novos - 0,57
Ouro Branco - 0,57
7º Parelhas - 0,56
São João do Sabugi - 0,56
São Fernando - 0,56
Timbaúba dos Batistas - 0,56
11º Caicó - 0,55
12º Cruzeta - 0,54
Equador - 0,54
14º Serra Negra do Norte - 0,53
15º Jardim de Piranhas - 0,52
16º Santana do Seridó - 0,51
São José do Seridó - 0,51
Fonte: Tribuna do Norte
No caso da renda, outro indicador da pesquisa, avaliam-se os gastos, quanto em dinheiro recebem os familiares e considera qual a parte do sustento não vem dos programas de transferências de renda. Quanto maior a renda e quanto maior a parte que não vem do Bolsa-Família, melhor é a nota.
Assim como o IDH - Índice de Desenvolvimento Humano – criado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância – a escala do IDF vai de zero a um. Quanto mais próximo de um, melhor é o desenvolvimento. Na média, os municípios do Rio Grande do Norte atingiram uma nota intermediária no ranking – 0,53.
Parnamirim tem o melhor IDF da Grande Natal, impulsionado pelas condições de moradia dos mais pobres, pelo acesso das crianças ao ensino básico e também pela disponibilidade de recursos em obras voltadas para a redução da pobreza no município. O índice 0,56 é maior que o de São Paulo, capital do Estado mais rico do Brasil (0,55).
De todos os itens utilizados na formação do IDF, o pior é o acesso ao trabalho, que avalia a oportunidade que as pessoas têm de encontrar alguma forma de trabalho. Considera quanto dos membros da família estão ocupados, se o trabalho é na área rural, no setor formal ou informal, se recebe mais de um salário mínimo por mês.
Em 61 municípios, o IDF relacionado ao acesso ao trabalho é 0. E, se é dominada pelos Estados mais pobres do País, a lista inclui cidades em Minas, Rio, Rio Grande do Sul e Goiás. Em mais de 3 mil municípios, o índice vai até 0,05.
No caso de Carnaúba dos Dantas, esse item é de 0,07, enquanto o de São Paulo é de 0,05. Especialistas em políticas públicas acham que as dificuldades dos familiares de jovens inscritos no Bolsa-Família de encontrar emprego estão relacionadas à baixa qualificação profissional e, em alguns caso, ao temor de perder o benefício.
Na outra ponta do ranking, os de maiores carências, estão Canguaretama, município da faixa litorânea do Rio Grande do Norte, produtor de cana-de-açúcar, com IDF 0,45; Serra de São Bento e Ielmo Marinho 0,46.
Município do Acre é um dos mais pobres do Brasil
São Paulo (AE) - Situado no Acre, na confluência dos rios Tarauacá e Jordão, o município de Jordão, de 6,3 mil habitantes, é um dos mais isolados do País. E também um dos dois mais pobres, segundo os índices do IDF. O lugar é tão remoto que foi ali, nas matas da região, que fotografaram meses atrás um grupo de índios isolados, apontando seus arcos, em atitude guerreira, para o avião que transportava estudiosos Funai, numa imagem que impressionou o mundo.
Uma das cidades mais próximas, Taraucá, dista cinco dias de viagem de barco. Tudo fica tão longe que o preço de um litro de gasolina custa R$ 4,30 - quase o dobro do que se paga na bomba em São Paulo. O botijão de gás chega a R$ 65. A distribuição da população lembra a de um Brasil antigo, quando a maioria das pessoas vivia na roça. O índice de analfabetismo chega a 61%. A internet só pode ser acessada por meio de rádio, em dois pontos da cidade: um no escritório do governo estadual e outro em uma lan house.
Veja o índice nas cidades do Seridó:
1º Carnaúba dos Dantas - 0,59
Ipueira - 0,59
3º Acari - 0,58
Jardim do Seridó - 0,58
5º Currais Novos - 0,57
Ouro Branco - 0,57
7º Parelhas - 0,56
São João do Sabugi - 0,56
São Fernando - 0,56
Timbaúba dos Batistas - 0,56
11º Caicó - 0,55
12º Cruzeta - 0,54
Equador - 0,54
14º Serra Negra do Norte - 0,53
15º Jardim de Piranhas - 0,52
16º Santana do Seridó - 0,51
São José do Seridó - 0,51
Fonte: Tribuna do Norte
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