Na véspera da Conferência diplomática de Dublin
Por Marta Lago
GÊNOVA, domingo, 18 de maio de 2008 (ZENIT.org).- Bento XVI pede o sucesso de uma Convenção internacional que proíba as «mortíferas» bombas cluster.
Trata-se de armas que continuam sendo armazenadas por cerca de 70 países. Os efeitos desses recursos bélicos são freqüentemente indiscriminados.
O dispositivo – existem muitos tipos – contém «sub-munições» que explodem sobre o campo em um amplo rádio, mas nem sempre acontece assim e permanecem ativos após os conflitos. Cada bomba cluster pode conter centenas de artefatos explosivos.
Pode-se saber o lugar de impacto da bomba, mas não o de dispersão do seu perigoso conteúdo – pela amplitude da área que pode abarcar – nem o momento exato de detonação, como se apontou.
O resultado é destruição e incêndios e, mais importante, morte e mutilação sobretudo entre a população civil, com alvo preferente nas crianças.
Um drama diante do qual o Papa voltou a levantar a voz, desta vez desde sua viagem pastoral a Ligúria.
Após a oração do Ângelus deste domingo, em Gênova, ele lançou um apelo por ocasião da Conferência diplomática que começará amanhã em Dublin (Irlanda).
O objetivo da cúpula sobre as bombas cluster, como Bento XVI recordou, é «produzir uma Convenção que proíba estes artefatos mortíferos».
«Desejo que, graças à responsabilidade de todos os participantes, seja possível alcançar um instrumento internacional forte e confiável: é necessário, de fato, remediar os erros do passado e evitar que se repitam no futuro», advertiu.
O Santo Padre assegura sua oração pelas «vítimas das bombas-cluster e suas famílias», assim como por «aqueles que participarão da Conferência», confiando no êxito da mesma.
Em fevereiro de 2007, 46 países se comprometeram na Conferência Internacional de Oslo a impulsionar este ano a proibição mundial do uso, venda e produção de bombas cluster. Abstiveram-se de assinar a declaração final: Japão, Polônia e Romênia. Não participaram do encontro: Rússia, China e Estados Unidos.
A Conferência diplomática de Dublin busca a conclusão da negociação do Tratado internacional que proíba as bombas cluster, o âmbito de cooperação para assistir as pessoas afetadas, o mecanismo de destruição do arsenal e a forma de sanar as regiões contaminadas com esses resíduos explosivos.
Homenagens ao grande mestre
Há 4 meses
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