CNBB repudia as tentativas de legalização do aborto no Brasil

Episcopado em assembléia divulga Nota em Defesa da Vida

INDAIATUBA, quinta-feira, 10 de abril de 2008 (ZENIT.org).- Os bispos do Brasil divulgaram uma nota esta quinta-feira em que convidam os fiéis a se «unirem a nós na defesa da vida, repudiando as tentativas de legalização do aborto em nosso país».
Reunidos em assembléia geral em Itaici (São Paulo), os prelados reafirmam que «a vida humana é sagrada» e que «o direito à vida fundamenta quaisquer outros direitos».

«Desde a fecundação até seu declínio natural, a vida é fruto da ação criadora de Deus, “Senhor e Amigo da Vida” (Sb 11,26), e permanece sempre em relação com Ele, seu único fim. Cabe ao ser humano a responsabilidade de acolher e fazer frutificar este inestimável dom divino.»

A nota da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) destaca que «a vida humana não pode ser instrumentalizada, violada ou destruída», mas deve «ser defendida sempre que ameaçada ou fragilizada».

Segundo os bispos, o aborto «é moralmente inadmissível» e faz «muitas vítimas»: «a criança suprimida, a mãe isolada nos seus sentimentos de culpa e psicologicamente enferma, o pai que aprovou ou não se opôs e demais familiares».

Sobre a questão da pesquisa com células-tronco embrionárias no Brasil, onde uma ação de inconstitucionalidade aguarda julgamento no Supremo Tribunal, o episcopado recorda que já «na célula inicial há tudo o que a natureza predispõe para o desenvolvimento da nova vida».

«O embrião humano deve ser respeitado e tratado como um ser humano desde a sua fecundação e, por isso, desde esse mesmo momento, deve-lhe ser reconhecido o direto inviolável de cada ser humano à vida», afirma a nota.

De acordo com a CNBB, «o uso de embriões humanos e a sua destruição para a pesquisa científica, bem como a sua crioconservação, violam o mais fundamental de todos os direitos, o direito à vida».

Os bispos pedem ainda aos fiéis a realização de «gestos concretos em favor da vida». Assim, eles indicam: a criação de centros de acolhida da mãe gestante, a prática da adoção, a doação de sangue e de órgãos para transplantes, a constituição de Comissões Diocesanas de Bioética, entre outras iniciativas.


Fonte: Zenit

0 comentários: